domingo, 23 de março de 2014

A importância do episódio Titon - LOBBY


    Por Jaison Barreto

    Não cabe a mim julgar o episódio lamentável envolvendo o nome ilustre do Deputado Estadual Romildo Titon, Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina.
   O que se espera é que o Ministério Público e a Justiça do Estado, concedendo amplo direito de defesa ao acusado, julgue a verdade dos fatos. É o que se deseja.
   Dimensão maior, importância na sua significação teria, se elevássemos o nível da preocupação para um problema que afeta a política brasileira no seu conjunto.
   Uma colocação do Deputado no seu discurso na Assembleia Legislativa chamou a atenção: Quais de vocês não intermediou tais preocupações?
   No mundo civilizado e por isso democrático, o lobby já tem regras e definições claras e definidas com crachá e tudo, mesmo se tratando de um assunto com áreas realmente cinzentas de interpretação.
   Lobista é lobista, parlamentar é parlamentar.
   Os alemães, os franceses, os ingleses, os americanos sabem defini-los, o povo também.
   No Brasil a coisa é diferente. Os ladrões do orçamento, os destinadores de verbas públicas, os traficantes de influência são os verdadeiros responsáveis pelo descrédito dos nossos representantes políticos, seja nas Câmaras de Vereadores, Assembleias Legislativas, Câmara dos Deputados e Senado Federal.
   É isso que temos que discutir.
   Existem projetos na Câmara dos Deputados e no Senado definindo ou regulamentando esses assuntos, bloqueados pelos espertalhões.
   É incompatível que alguém se eleja para Deputado Federal ou Senador por exemplo, com mandato de quatro ou oito anos no legislativo e que só o exerça nas horas vagas e de acordo com seus próprios interesses, agindo com “hibridismo”, duplicidade, no Poder Executivo, onde se amamentam, se desenvolvem, constroem sustentação e prestígio no usufruto do dinheiro público.
   Os exemplos estão aí na cara de todo mundo e os nomes vocês conhecem.
   Salvo melhor juízo, isso não merece respeito. Alguns agem assim por desavisados, mas a maioria é por desavergonhados que são. Constroem seu prestígio político, suas pretensas lideranças nessa atividade malandra, impressionista, misturando o interesse público com o privado.
   Esta definição de postura não pode ser uma decisão pessoal de quem quer que seja. Cabe ao “Estado” defini-las em seus exatos termos. A roubalheira no Brasil tem muito a ver com isso, inclusive com o descrédito da classe política, representação popular.
   Que os honestos não se ofendam, mas que os malandros saibam que a população irá puni-los.
   Pensemos nisso.
   Saudações Democráticas.

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