quarta-feira, 29 de junho de 2011

PF investiga o partido dos mortos (PSD)

Coleta de assinaturas para PSD é alvo de dois novos inquéritos

  DANIELA LIMA
     A coleta de assinaturas para a criação do PSD, partido do prefeito Gilberto Kassab, é alvo de dois novos inquéritos da Polícia Federal: um no Paraná e outro em Santa Catarina, onde foram encontradas mais assinaturas de eleitores mortos nas fichas de apoio à fundação da legenda.

 
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     Com a última descoberta, chega a sete o número de mortos que figuram nas listas de apoio ao PSD catarinense. No início deste mês, um primeiro inquérito foi aberto depois que o cartório eleitoral de São Lourenço do Oeste identificou cinco assinaturas falsificadas.


     Agora foi o cartório eleitoral de Ilhota que identificou duas assinaturas de pessoas que já morreram, e a Justiça pediu nova investigação.


     No Paraná, o cartório de Catanduvas encontrou assinaturas de cinco eleitores analfabetos nas listas de apoio ao PSD. Elas estão entre as 235 que não tiveram a autenticidade atestada das 366 que foram analisadas.


     A maior parte das assinaturas descartadas foram desconsideradas por não conferir com as originais ou por erros no número do título de eleitor.


FALHAS

     Procurado, Nelson Serpa, presidente da comissão do PSD no Estado, não falou sobre a segunda aparição de mortos nas listas de apoiamento do partido.

     Já o deputado federal Eduardo Sciarra, presidente da comissão do PSD no Paraná, disse que "a conferência das assinaturas existe para isso mesmo: evitar falhas".

     O PSD também é investigado em São Paulo, onde a Promotoria apura o uso da estrutura da prefeitura na captação de eleitores.

     Um repórter da Folha assinou a lista de apoiamento do partido no gabinete do subprefeito da Freguesia do Ó e o o jornal "O Estado de S. Paulo" publicou e-mail no qual uma servidora de uma subprefeitura pedia ajuda para coletar assinaturas.

     A lei determina que, para fundar a nova sigla, Kassab tem que apresentar 490,3 mil assinaturas certificadas pela Justiça Eleitoral. Pela norma, as listas devem conter eleitores cadastrados em pelo menos nove Estado do país.

     Para finalizar esse processo a tempo de participar das eleições no ano que vem, o prefeito tem que apresentar todas as assinaturas até o fim de setembro.(Da
Folha online)

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