quinta-feira, 17 de março de 2011

Em entrevista a Veja on line José Roberto Arruda entrega líderes do DEM e afunda de vez o partido

Arruda diz que ajudou líderes do DEM a captar dinheiro

Segundo o ex-governador, dinheiro da quadrilha que atuava em Brasília alimentou campanhas de ex-colegas como José Agripino Maia e Demóstenes Torres

José Roberto Arruda: "Joguei o jogo da política brasileira"
José Roberto Arruda: "Joguei o jogo da política brasileira" (Agência Brasil)
José Roberto Arruda foi expulso do DEM, perdeu o mandato de governador e passou dois meses encarcerado na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, depois de realizada a Operação Caixa de Pandora, que descobriu uma esquema de arrecadação e distribuição de propina na capital do país. Filmado recebendo 50 mil reais de Durval Barbosa, o operador que gravou os vídeos de corrupção, Arruda admite que errou gravemente, mas pondera que nada fez de diferente da maioria dos políticos brasileiros: “Dancei a música que tocava no baile”.

Em entrevista a VEJA, o ex-governador parte para o contra-ataque contra ex-colegas de partido. Acusa-os de receber recursos da quadrilha que atuava no DF. E sugere que o dinheiro era ilegal. Entre os beneficiários estariam o atual presidente do DEM, José Agripino Maia (RN), e o líder da legenda no Senado, Demóstenes Torres (GO). A seguir, os principais trechos da entrevista: 

O senhor é corrupto?
Infelizmente, joguei o jogo da política brasileira. As empresas e os lobistas ajudam nas campanhas para terem retorno, por meio de facilidades na obtenção de contratos com o governo ou outros negócios vantajosos. Ninguém se elege pela força de suas ideias, mas pelo tamanho do bolso. É preciso de muito dinheiro para aparecer bem no programa de TV. E as campanhas se reduziram a isso. Leia entrevista completa aqui. Beba na fonte.


Olá Sergio, 
"Caríssimo conterrâneo jornalista Sérgio Rubim, eu já havia tomado conhecimento da entrevista, mas nunca é demais ressaltar duas "pérolas" proferidas pelo safadão de Brasília: "Joguei o jogo da política brasileira" e "Dancei a música que tocava no baile". Não precisa dizer mais nada. Ele, sinteticamente, e com "grande competência", disse tudo. Na verdade, o lodaçal mal cheiroso da política brasileira está espalhado por todos os quadradantes do país. Uma podridão sem tamanho. E isso é por demais ruim para a democracia brasileira. Um dia a casa pode cair, como já caiu em outras oportunidades. Aí, todos pagarão, por novos retrocessos. O ideal seria que o MP, tanto o federal, quanto no âmbito estadual, não desse folga nunca a essa escória toda incrustada na vida da nação." 
Ari Quadros 


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