domingo, 21 de novembro de 2010

Ipês, lagartos, aracuãs e vizinhos

Na sexta-feira quando cheguei em casa, final da tarde, encontrei um vaso com um pé de Ipê sobre o muro. 
Era um regalo. Alguém esteve ali, não nos encontrou, deixou o presente. Coisa de Papai Noel, imaginei.
Estava claro ainda, agora o dia rende mais. Quando fui pegar o vaso vi o meu vizinho, o Russo, filho do Seo Chico. Estava entre as árvores do seu jardim a uns 20 metros do meu.
Estava focado em alguma coisa. 
Gritei: - Figueira!!!!
Ele olhou e, como sempre trocamos mudas de plantas, perguntei se o Ipê deixado no muro era um presente dele.
Em vez de responder, saiu do jardim e veio na minha direção. Chegou contando que estava de olho nos lagartos. No seu jardim existe um ninho de Aracuã. Na verdade, há 10 anos, tem uma Aracuã que mora ali.

- Ano passado tiveram três filhotes. Dois foram comidos pelos lagartos e eles criaram só um. Logo enseguida a Aracuã ficou viúva. Agora tem um namorado e tiveram três filhotes, contou.

Acontece que filhotes de Aracuã logo que crescem saltam do ninho e ficam andando pelo chão. Andam rápido no meio da mata. Como ainda não voam viram prato feito para os lagartos. Os pais quando percebem o perigo fazem um alarido danado. Enfrentam os lagartos.
O Russo disse que no perigo a Dna. Aracuã corre para a porta da sua casa e pede socorro. Como já conhece o tipo de piado, sai correndo para espantar os lagartos. Era isso que estava fazendo quando chamei a sua atenção.

Ah! O vaso de Ipê tinha sido um presente do amigo e ex-sócio, por 14 anos, jornalista Jurandir Pires de Camargo. Me ligou avisando.
Legal né? Ganhar plantas de presente! Ainda existe isso!

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