segunda-feira, 12 de julho de 2010

O fim do JB

Soube agora pelo blog do Noblat que Jornal do Brasil deixará de circular. Lembro que nos anos 70 o JB era referência de leitura aqui em Florianópolis. Na época, tinha uma banca de revista no estacionamento do Supermercado Comper da Trindade. Com a chegada da Eletrosul muitos cariocas vieram morar em Florianópolis e o Jornal do Brasil ser um dos meus campeões de vendas na banca.

O JB era conhecido também como o jornal da "Condessa". Maurina Dunshee de Abranches Pereira Carneiro, a Condessa como ficou conhecida, assumiu, o jornal quando seu marido o conde Pereira Carneiro, faleceu.

Mais tarde descobri que também tínhamos, aqui em Florianópolis, um jornal dirigido por uma "Condessa". Dna. Ina Vaz do jornal A Gazeta fundado pelo jornalista Jairo Calado ali na Conselheiro Mafra N° 51.
Nas readações de jornais era comum referir-se A Gazeta como o Jornal da Condessa, uma referência ao J.B. Nunca trabalhei na Gazeta mas estive lá várias vezes e presenciei o grande Freitinhas imprimindo em uma "plana". Mais tarde trabalhamos juntos no Jornal de Santa Catarina em Blumenau.

Tá noblog do Noblat:
Jornal do Brasil deixará de circular

O Jornal do Brasil deixará de circular em breve. É o que será anunciado nos próximos dias pelo atual arrendatário, o empresário baiano Nelson Tanure. Foram 119 anos de circulação que fizeram dele, na década de 1980, o mais importante jornal do país. Por e-mail enviado aos editores e diretores do JB, o diretor-presidente do diário, Pedro Grossi, anunciou hoje (12) a saída da empresa.

"Prezados, em almoço realizado hoje [segunda-feira (12)], na presença do Dr. Ronaldo Carvalho e da Dra. Angela Moreira, o Dr. Nelson Tanure informou que publicará na edição de amanhã do Jornal do Brasil uma notificação assinada pela direção da empresa e dirigida aos leitores na qual explica a transposição do jornal escrito para o tecnológico (internet). Considerando que isto contraria a razão pela qual fui contratado, solicito, sem perda de meus direitos, que o expediente do jornal e de todas as revistas não conste mais meu nome".

Eloy deixou um novo comentário sobre a sua postagem "O fim do JB":

Canga. Lembro de uma campanha publicitária, feita pelo jornal O GLOBO. Falavam sobre a novidade da impressão em cores. Seus leitores seriam contemplados agora também com a cor de suas páginas, teriam com certeza mais vantagem sobre a concorrência.

O Jornal do Brasil, respondeu com uma criatividade imediata.
Criaram uma peça publicitária onde dizia:
“Um jornal colorido é como a arara: linda, maravilhosa e cheia de cores”... Mas não fala!
Já “o Jornal do Brasil, é como o papagaio: com uma cor só, mas fala muito...”

Eloy Figueiredo

Um comentário:

  1. Trabalhei no Jornal A GAZETA de D. Iná, nos idos de 1970, como revisor...Peguei os ultimos suspiros do periódico, junto ao Sr Freitas, Geraldo,Sr Banga,Sr Jorge ( Linotipistas) e a incomparavel D Iná...Com seu cigarro charme entre os dedos, sua voz rouca e sua maquiagem petrificada.Bons tempos...Devo a ela meu primeiro e último contato com a vida jornalística. (Fernando) vidal.rocha@hotmail.com

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