quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Estou de volta


Queridos leitores,

Andei meio desaparecido por uns dias. Primeiro fiquei sem vontade de postar mesmo. Tava a "lesma lerda" de sempre. Enchi o saco e fiquei "na malandragem", como me disse o Paulo Dutra, reclamando da falta de postagem

- Canga, deixa de malandragem e faz esse blog pôrra!

Achei engraçado a série de cobranças que levei de leitores. Foi bom saber que tenho uns 7 leitores assíduos. Aqui estou de volta!

Nesse tempo que dei uma parada muita coisa aconteceu. O meu cronista preferido, Olsen Jr., foi censurado pelo Jornal A Notícia (RBS) onde mantinha ou ainda mantém uma coluna semanal. Saberemos se mantém nesta sexta-feira que é o dia que sai a coluna. A coluna censurada era uma carta para a ex-autêntica do MDB Anita Pires, hoje envolvida com esse pessoal que gosta de roubar, do PMDB de Luiz Henrique.
O Olsen insiste em ser do PMDB e acredita que o partido é coisa boa. Não é Olsen. Quem tá metido com essa gente tá metendo a mão! Vai por mim! (essa é boa).

Outro que foi censurado foi o Meira Jr. Mas já está de blog novo e metendo o cassete nos bandidos.
O ex-governador Paulo Afonso, aquele do golpe das Letras, lembram? Parece que levou mais uma condenação e está fora das próximas eleições.

Visita a Portinho
O outro motivo da minha ausência no blog foi que resolvi levar a minha mãe para a fronteira. Já estava há uns 3 meses fora de casa. Até no Rio Grande do Norte andou. Para quem está com 88 anos a vida tá regalada!
Na descida para Fronteira passei por Porto Alegre. Cada vez me apaixono mais pela cidade. Arborizada, prédios antigos bem conservados, excelentes bares e restaurantes e uma vida noturna de dar inveja a qualquer cidade.
Fiquei apenas uma tarde e uma noite cheia na cidade. Noite cheia inclui uma varredura completa pelos bares da Cidade Baixa e final de noite no Van Gog tomando a famosa sopa de capelletti do tradicional bar da esquina da República com a João Pessoa. Tudo isso junto com o meu sobrinho Rafa que sabe tudo de música e noite em Porto alegre.
Para completar, café da manhã em uma lanchonete na esquina da Ramiro Barcelos com a Jerônimo de Ornelas. Morei nessa esquina nos anos 70 e casualmente tenho dois filhos com esses nomes. Ramiro e Jerônimo. Bonito né?

Viagem sem fim
Almocei em um lugar maravilhoso. A Mini Churrascaria Via Trento, fica trás da Escola Militar bem em frente ao antigo Bar do Beto. Mesas (de madeira) na calçada, toalhas de tecido, espetinho de carne e salada honesta. Acompanha uma Polar! Bah tchê! Que coisa boa!
Bem, estava pronto para enfrentar os 600 km que separam a capital de Quaraí. Uma viagem interminável mas com direito ao famoso "completo" (filé de entrecot a cavalo, arroz e fritas) no restaurante Batovi na entrada de São Gabriel, metade do caminho.
toda a vez que viajo para a Fronteira lembro uma história que o pai contava.

"Certa feita um bacudo de Uruguaiana, que nunca havia viajado, pegou o trem para a Barra do Quaraí que fica há poucos quillômetros da cidade. Após 20 minutos de viagem o homem não se aguentou e lascou em alto em bom som:

- Mas é grande esse Brasil!

Cada vez parece que a Fronteira fica mais longe.

Virada em artigas
Bem, chegando em Quaraí foi o tempo de descarregar as malas e me mandar para Artigas, do outro lado, no Uruguai. Peguei o meu amigo Negro Muñata saindo para a fazenda com a mulher. Quando Ana, la señora, me viu sentiu o drama. Tava estragada a carne para o pastel!
Levamos meia botella de Johnny para colocar a conversa em dia. A viagem para campanha foi adiada ali. No ato!
Saímos, fomos até el Club Uruguay onde encontrei velhos amigos jogando carambola e ficamos, mais ou menos, outra meia garrafa de Johnnie. A coisa tava ficando boa. Na minha cabeça, é claro, pois a decadência da região não nos deixa muitas alternativas a não ser o bar do meu grande amigo Bocha Capô que há tempos batizei de Capô House. É o nosso morredouro. Ali se jogam cartas, se bebe e se conversa. Fora o chivito especial feito pelo Bocha que é o melhor do mundo.
Lá pelas 5 horas resolvi libera o meu amigo e fui bercear. Tava meio cansado. A idade já não nos permite mais certos exageros.

Boi magro
Bem, depois de tanta festa chegou a hora do trabalho. A tarde fui vender alguns bois pois a vida não está fácil em Florianópolis. Viver de free lancer não é fácil. Mais difícil ainda é vender boi na saída do inverno. Os bichos estão magros. Mas sempre rendem alguma coisa. Deu para repor a adega.
Na ida para o free shop ainda me envolvi em um acidente de trânsito. Um guri de 15 anos em uma motinho atropelou o carro e voou por cima caindo do outro lado da rua. Merda! Estava sem carteira de motorista e acidente no Uruguai é fogo! É uma complicação. Sorte que o guri não se machucou, muito, e não tinha carteira de habilitação.
O acidente me criou a chance de encontrar um velho amigo. O mecânico uruguaio Martinez "el tornillo". Era famoso como piloto de corrida de carros. Tinha um Sinca Tufão preparado e era o campeão das pistas de terra na Fronteira. Me safei do acidente e resolvi que estava na hora de voltar. Tava acontecendo muita coisa estranha.

Bem, estou de volta e parece que tem muita novidade por aqui.

2 comentários:

  1. Canga, senti falta dos posts mas não reclamei. Sei o que é o cansaço de blogar. E também apostei que estavas preparando coisa boa, o que se confirmou nesse rápido vôo por tuas viagem. Sabor de fronteira em tudo o que o fronteirista fala. Especial de luxo.

    Só uma coisa: lá em Uruguaiana não tem bacudo. Isso é esnobismo da elite oriental. O sujeito deveria ser de outras bandas. Conta a história direito, tchê.

    Bom tua volta. Tem pouca coisa para ler na rede. Abs.

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  2. Tchê, tu tens que viajar mais para te inspirar!!!
    Voltou com bala na agulha!!! É só fazer poeira...

    Everton

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