sexta-feira, 26 de junho de 2009

A morte de Michael Jackson e o descompasso da mídia tradicional


Confirmado! Michael Jackson está morto!

Com estas palavras solenes e graves Willian Bonner finalmente admitiu no Jornal Nacional o que blogueiros e twiteiros do mundo todo já sabiam. Cheguei do centro por volta das 7 horas da noite e ao abrir a porta fui comunicado por minha filha de 15 anos que o ícone pop estava morto. Fazendo trabalho de aula e, claro, navegando na rede, já tinha a informação desde as 18:30h.

Liguei a TV e comecei a zapear. Todos os noticiários davam conta da internação do astro com parada cardíaca mas nada sobre sua morte. A disparidade de informação da TV para a internet era coisa gritante. Enquanto o blog do New York Times dava direto a morte do artista a Rede Record News, com tempo de sobra, entrava ao vivo do hospital onde Jackson estava internado dando informações sobre a multidão que se acumulava e sustentando a transmissão com passagens da vida do astro. Na Globo o JN abre com a notícia do internamento de Jackson mas confirma sua morte somente no final do noticiário.
Enquanto isso na rede mundial bombava a notícia da morte de Michael Jackson o que já era confirmada por vários sites e blogs do mundo todo.
A notícia da morte do ator serviu para comprovar a simultaneidade da rede mundial e a diferença entre os meios de comunicação tradicionais.
Vários sites de notícias norte-americanos tiveram problemas. Os sites TMZ, primeiros a noticiar a morte do cantor, tiveram várias quedas na tarde ontem. As redes sociais como Twitter e Facebook tiveram seus acessos triplicados durante o dia. Dos assuntos twittados durante o dia Michael Jackson era nove entre 10.

Nós vimos a multiplicação instantânea de tweets por segundo assim que a notícia se espalhou. Foi o maior pulo de posts por segundo desde a eleição de Barack Obama – disse Biz Stone, cofundador do Twitter.

No momento de pico, foram 5 mil mensagens por minuto sobre Michael Jackson. O próprio site do Los Angeles Times (LA Times) teve 2,3 milhões de page views em uma hora, o recorde de tráfego por hora desde o dia mais 5 novembro, data do último dia de maior audiência. No Facebook, o número de atualizações nos status de usuários também foi afetado. Segundo comunicado da empresa, o uso dos updates triplicou em relação à média diária, mas sem afetar a performance da rede social. Em pronunciamento, os administradores do AOL disseram que a quinta-feira foi uma macro na história da internet:

– Nós nunca vimos nada parecido em termos de alcance e profundidade.


2 comentários:

  1. Curioso o dado utilizado pelo jornal da globo, definiria como 'índice de referência google'. GOOGLE: 75 milhões de referência para Michael Jackson contra 50 milhões para Beatles

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  2. Olá Canga...

    Me pareceu que os blog's não tem a mesma preocupação que as tv's tem, que em alguns casos só ira informar com a nota oficial...

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