terça-feira, 10 de novembro de 2015

Run rabbit... Run...

coelho

   Por Marcos Bayer

   O país parando quase parado... No Congresso Nacional a bacia das almas em lavação, no Palácio do Planalto a Via Crucis, no outro lado da Praça dos Três Poderes, a deusa Justitia cansada de segurar a balança e a espada, permanece sentada em pedra esculpida.

   Enchentes no sul, lamaçal mineiro escoando para o Espírito Santo e desembocando no mar.

   Caminhões em marcha lenta no mesmo ritmo da economia nacional.

   Parece que poucos brasileiros trabalham neste momento: O Juiz Moro... E os Promotores de Curitiba com a Polícia Federal.

   A Presidência da Câmara dos Deputados virou um “case” de estudos. Como constituir um “trust” além mar com dinheiros de uma “trading” que exportava para a África. Na Presidência do Senado Federal, hoje, a inteligência é menos sofisticada. Implante de cabelos usando o avião da República.

   O Brasil só se atualizará ao mundo contemporâneo no dia em que o processo correr... Run rabbit run...

   O processo não é uma pilha de papéis a espera de um sorteio como se fora a premiação da Coca-Cola. Nem ela mais sorteia assim...

   Enquanto o processo não andar na velocidade do mundo atual, não teremos Justiça no Brasil. Apenas efeitos colaterais.

   E o processo, toda a legislação processual, do civil ao penal, do tributário ao administrativo, tem que funcionar com prazos determinados para o Juiz.

   Recebe a petição e determina na hora em que verifica a inépcia: Trinta dias para contestar, mais trinta para a tréplica, mais trinta para audiência de julgamento e mais trinta para recursos. Em mais trinta a sentença de primeiro grau. São cento e cinqüenta dias no máximo. Assim também nos tribunais superiores.

   Democracia e Justiça só existem se caminharem juntas. Não há outra hipótese...

   Não pode a democracia correr enquanto a justiça engatinha...

   Não é assim que funciona onde o mundo é real. Acompanhem o caso Marin nos Estados Unidos, como foi na Suíça...

   É na base do Run rabbit... Run...

Nenhum comentário:

Postar um comentário