terça-feira, 24 de novembro de 2015

A Paralaxe Colombina na Província Catarina

Por Eduardo Guerini

Na evidência de um governo paralisado por acordos e conspirações pré-eleitorais, nosso governante bonachão usa a mídia provinciana para distorcer a realidade.

   A paralaxe é um fenômeno observado por um desvio causado no ângulo de visão do indivíduo que, dependendo do ângulo, provoca distorção da noção de profundidade e sua distância. Na astronomia, a diferença na posição aparente de um objeto visto por observadores de pontos distintos, dependendo dos instrumentos de medição e do ângulo do técnico, pode se traduzir na distorção maior ou menor, ou seja, a causa do desvio ótico é causada pelo ângulo de visão de um indivíduo, proporcionando uma escala errada de graduação. Em termos conceituais, a paralaxe cognitiva é uma afastamento da construção teórica ou teorizada da experiência real dos indivíduos. Em sentido literal, um fenômeno ótico que repercute sobre o mundo da política.

   No contexto político catarinense, a mídia monopólica que sobrevive das verbas publicitárias oficiais, consegue reproduzir de forma ampliada a distorção ou “erro em paralaxe”. Assim, o recrutamento de colunistas e orquestração de reportagens orienta a “aproximação da lente” sobre a realidade que se pretende distorcer, e, resumidamente, repercutir a imagem produzida pelo observador distante da realidade social dos catarinenses, porém, muito próximo do gabinete do “capataz de plantão” dos poderes democraticamente instituídos.

   Desta maneira, o que pode representar melhor “a paralaxe colombina” , senão a “bombástica” propaganda intitulada “Santa Catarina – Cuidando das Pessoas, Cuidando do Futuro.”, o Estado onde o Brasil dá certo !!!

   Na aproximação de nossa lente para o mundo real, não o imaginário construído pelo marqueteiro de plantão, os dados sobre o emprego e crescimento dos últimos meses foi olimpicamente esquecido pelos colunistas de política e economia da mídia provinciana.

   Na segurança pública, na educação, na saúde e infraestrutura, os reclames cotidianos dos catarinenses são remetidos para o esquecimento de pequenas reportagens em telejornais no horário do almoço ou jantar, momento que a maioria da população sequer assiste tal “noticiário”. Quando muito, nos telejornais matutinos, ora mistificando ou comentando sobre o “óbvio ululante”, jornalistas se preocupam mais com as condições do tempo e do trânsito, diante de uma infraestrutura destroçada.

   Para o reforço corriqueiro, o apoio das ações governistas é uma constante no Poder Legislativo. Um espaço de servilismo e clientelismo - com sua famosa dança de cadeiras e farras diárias. A locupletação fantasiosa na construção do mundo maravilhoso na província catarinense, se mede pela régua da campanha midiática reproduzida pela Casa Legislativa intitulada “Gente que Faz Diferença”, atacando os “pessimistas de plantão”, elevando a autoestima do povo catarinense (sic!!!).

   Não importa se a realidade é uma produção por reconhecimento ostentatório de determinada imagem, midiatizada ou simbolicamente distorcida, seja em comentários ou reportagens que reforçam a propaganda oficial do astuto e bonachão governante e seus assessores, o que importa é subsumir as fantasmagorias produzidas pelo marqueteiro de plantão.

   Então, quando alguém falar em crise “lembre-se você está em Santa Catarina” !!!

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