quarta-feira, 2 de julho de 2014

Bacanal Ideológico e Eleições

      Por Eduardo Guerini

Na ensandecida orgia eleitoral, preparando uma propaganda 
orgástica para oferecer as sediosas elites em seu deleite insano de poder.

   No findar deste mês de junho, no glorioso ano da Copa de 2014, partidos e seus caciques se recolhem ao processo de sodomização das bases partidárias, e, promovem um verdadeiro bacanal, sem a necessária embriaguez ou torpez volatizada pelo uso de drogas.
   O resultado da eleição nos Estados, onde coronéis dirigem partidos como se fossem bordéis, e, militantes são utilizados como se fossem corpos dançantes para um enredo devasso, cargos e tempo de rádio e televisão são tratados como moeda de troca, que envergonharia qualquer proxeneta de bordel de quinta categoria.
   No cenário federal, o preço de uma eleição está ancorado na base de lingotes de ouro. Afinal, o poder central tem a chave do cofre , muito mais espaço para compra e venda de corpos na satisfação dos desejos profanos dos orquestradores da lógica sedutora do porder incumbente. Não sejamos tolos – não é a pureza, muito menos a torpeza que move os instintos de nossos governantes – nada é republicano, tudo é instintivo e sádico. Quanto maior o espaço na estrutura palaciana, maior o gozo!!!
   Nesse estágio que os levará a orgástica sanha intermitente de mais poder, pelo aviltamento no jogo das preferências daqueles que nos governam ou desejam nos governar, é uma degenerescência forçada. Daí, a corrupção e suas corruptelas pulularem por todos os cantos da administração pública em promíscuas relações com o setor privado.
   Neste enredo fático e fatídico, o eleitor – desejoso pelo prazer ofertado, consome imagens desferidas ininterruptamente para o deleite visual – tal como um adolescente despontando para puberdade. Um prazer muitas vezes onanístico, com seus sonhos de bacanais intermináveis diante de tantas oportunidades visíveis e risíveis.
   Como no jogo, no sexo e na política, não existe espaço para blefes ou jogadas de amadores, sejamos profissionais!!! Vendamos nossos votos para o prazer de uma elite frugal e rastaquera que insiste em produzir um show na penumbra.
   No final das contas, o gozo nem sempre é verdadeiro e o desejo nem sempre é atingido!!! Daí a indignação chega tardiamente, tal como no prostíbulo, os participantes da festa cívica (ou cênica) em ressaca moral no dia seguinte descobrem a dura realidade, nestas eleições o voto se converterá em chibata!!!

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