sexta-feira, 11 de maio de 2012

Adriano Zanotto terá que depor na PF por sumiço de R$ 1 milhão da OAB

O Tribunal Regional Federal fulminou a pretensão do ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil/SC, Adriano Zanotto, de trancar o inquérito federal que apura o desaparecimento de R$ 944 mil das contas da entidade em 2006, durante a sua gestão. 
    Para quem não está familiarizado com o assunto: na época (2006), sob o comando de Zanotto, a entidade que congrega todos os advogados catarinenses comprou a bagatela de quase R$ 1 milhão em livros de Direito. O problema é que até hoje não há qualquer sinal das obras nem tampouco da prestação de contas da fortuna.

    Ex-candidato a deputado federal e paladino da luta contra a corrupção, Zanotto acabou se envolvendo numa bandalheira com o sumiço de milhares de reais justamente no periodo em que fazia campanha eleitoral como candidato apadrinhado por Luiz Henrique da Silveira. O dinheiro sumiu e os livros nunca apareceram.

     Zanotto e seus companheiros da OAB envolveram a Caixa de Assistência dos Advogados, presidida à época por Paulo Borba, em uma transação pra lá de suspeita. O contrato de compra dos livros com uma editora foi feito regularmente pela OAB. Quando Paulo Borba, atual presidente, assumiu a direção da Ordem, as notas fiscais de cobrança foram expedidas contra a Caixa de Assistência. Borba mandou o então presidente da Caixa, Renato Kadletz, pagar a conta. Kadletz, percebendo "mal feito", corretamente se negou a efetuar o pagamento. Não restando outra alternativa, a OAB pagou o fornecedor com 10 cheques da instituição.

     O caso foi levado à Polícia Federal, que instaurou inquérito e inclusive cumpriu mandado de busca e apreensão na sede da Ordem. Acuado, Zanotto entrou com um habeas corpus no TRF-4 para trancar o inquérito e não ser obrigado a depor. Porém, os argumentos do advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho não foram acolhidos pela 7ª Turma do TRF-4.


     Relator do caso, o juiz federal Artur César de Souza registrou em sua sentença ter detectado “falsidades documentais” e “danos federais”. Para o magistrado, o fato de as contas da OAB/SC terem sido aprovadas pelo Conselho Federal, da entidade, em Brasília, não impedem a investigação criminal. O procurador da República Marco Aurélio Dutra Aydos, que acompanha o caso pelo Ministério Público Federal catarinense, pediu a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos dirigentes da entidade da época.


     Com a decisão do TRF-4, a Polícia Federal vai prosseguir com a tomada de depoimentos e investigações.

 
Gurgel Pecatoris Jr - caraglio... como diria o evanescente Musquito adotando neologismo do LesPaul... se tarda..ja falhou... mas nesse caso...nao. Eh soh o começo.

3 comentários:

  1. Canga.
    Hoje na OAB temos o rei, o príncipe, o 1o ministro e o bobo da corte.
    Quem vai pagar esta conta? Um dos 4?
    Borba, Vicarinho, Oscarzinho ou Dioguinho?

    Ou será que vai sobrar pro Zanotto?

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  2. Essa foi boa! Mas eu sei quem pagará: os trouxas advogados em suas anuidades, e o contribuinte, nos 10% da "comissão" da Defensoria Dativa.

    E é só na OAB que há Soberano, Nobreza e corte?

    Mas que a OAB é chave para a eleição estadual, e com isso, para que se mude nosso dualismo político de fazer corar mexicanos, isso ela é! Uma Defensoria Pública forte talvez viesse a equilibrar esses circuitos de poder, onde uns mandam, e o resto obedece, inclusive o Judiciário que acredita ter autonomia.

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  3. Isso tem um nome: PATIFARIA. Espero que a classe saiba fazer diferente nas próximas eleições. Pq. do jeito que está, não dá. O mantenedor da instituição, o Advogado, é esfaqueado na anuidade e não tem a contrapartida da OAB.

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