sábado, 16 de abril de 2011

A grande festa dos Antigossauros

Criação Frank/Celso Vicenzi
Já estão definidas datas e local do que promete ser o maior encontro de colegas de profissão da história de Florianópolis. Será a reunião de antigos funcionários do extinto jornal O Estado conhecido como O Mais Antigo.

O encontro acontece no dia 28 de maio no Restaurante Meu Cantinho em São José.
Abaixo entrevista com a jornalista Lena Obst, uma das mentoras do encontro, que começou com algumas mensagem no Facebook e virou um fenômeno de comunicação entre várias gerações de  jornalistas que trabalharam no Estado.O sítio criado no Facebook, Reencontro O Estado, está conseguindo reunir dinossauros de várias eras, da mezozóica à pós-moderna.


Publicado originalmente no Sambaqui na Rede:
1)Como surgiu a idéia desse reencontro de jornalistas e outros funcionários que trabalham no jornal O Estado?
Na verdade a ideia de um reencontro dos profissionais que trabalharam no jornal O Estado é latente há bastante tempo. Todas as vezes que encontrei antigos colegas de redação ou que tinham contato com a redação, a gente expressou a vontade de reunir a turma, de tomar uma cerveja, de colocar o papo em dia, mas isto sempre ficava apenas na conversa. O diferente agora é que fizemos a coisa andar, ir para frente, acontecer.
O “gatilho” dessa movimentação foi o reencontro que tive com uma colega que atualmente está em Porto Alegre, a Márcia Camarano. Em conversas que tivemos no facebook (FB), nestes primeiros meses de 2011, começamos uma verdadeira sessão “recordar é viver” e ela postou algumas fotos antigas de O Estado. A partir daí, a rede social do mundo virtual realmente exerceu suas funções de aproximar e de quebrar fronteiras. Lá em São Paulo, o colega Jorge Massarolo também viu as fotos, assim como o Bido (Alcebíades Muniz) as viu lá de Brasília. Quando percebemos, estávamos os quatro emocionados, falando do passado com muita saudade e carinho, falando da escola de jornalismo que tivemos no “mais antigo” e da vontade de rever as pessoas que fizeram parte de nossas histórias.
 A conclusão era óbvia: precisávamos fazer alguma coisa. Como, entre os quatro, eu era a única que estava em Florianópolis, resolvi dar o primeiro passo. A partir de então, pode-se dizer que a ideia caminhou sozinha, reafirmando o sentimento de que há muito as pessoas queriam esse resgate.

2)Qual a motivação principal?
Sem dúvida alguma rever os amigos. Sei que agora muitas outras propostas e projetos estão caminhando paralelamente à organização do reencontro. Isso era inevitável, ao colocarmos um grupo de seres pensantes e comunicadores num mesmo lugar, num espaço de troca de informações. Certamente mais uma conquista nascida do resgate iniciado.
É importante destacar que a vontade de rever os colegas é independente das histórias pessoais e profissionais de cada um no jornal, dos problemas enfrentados com falta de pagamento, atrasos nos salários, falta de estrutura e tudo o mais. Todos lamentam a forma como foi encerrada a trajetória do jornal, mas todos reconhecem a importância que ele teve na vida de cada um.

3)Quem aderiu à iniciativa - qual o perfil?
A adesão foi surpreendente e rápida. Como eu tinha consciência de ser apenas um grão de areia na história do jornal, resolvi fazer contato com o Laudelino Sardá, por ser um profissional que acompanhou várias fases do “mais antigo” e porque, nos últimos anos, em todas as vezes que nos encontramos, falamos em como seria bom rever os jornalistas da época do jornal. Ele imediatamente adorou a proposta e me incentivou a apostar na ideia, prometendo ajudar no que fosso preciso e possível. 
Depois disso, foi feito um encontro (dia 25 de fevereiro) onde estavam presentes eu, a Denise Christians, a Mylene Margarida, a Lúcia Lüchmann e a Mirela Vieira. Resolvemos fazer uma lista com os nomes dos colegas do jornal que lembrávamos e saímos de lá com cerca de 100 pessoas listadas. Depois, ampliamos um pouco mais o grupo e fizemos um segundo encontro (dia 10 de março), onde estavam presentes eu, a Mylene, a Mirela, o Hermínio Nunes, a Cláudia Sanz, o Ruy Baron, o Evandro Baron, o Vitor Louzado e a Débora Almada. A lista cresceu muito e chegamos a 300 colegas identificados.  
Uma nova etapa de adesões veio através do facebook (FB). Criei o grupo do reencontro no FB às 6 horas da manhã de um domingo (dia 20 de março), com cerca de 40 pessoas que já tinha na lista de amigos na rede social. No final do mesmo dia já havia o dobro de pessoas se comunicando, enlouquecidas com a ideia e chamando outros a integrarem o grupo. Não dei conta de responder a todas as mensagens postadas e te confesso que cheguei a me assustar com a movimentação, com a empolgação das pessoas. Foi emocionante.  
Atualmente, a página no FB anda sozinha, com novas pessoas entrando a cada dia. Não sei te dizer se há um perfil, pois temos colegas de todas as idades interagindo, gente de vários lugares do Brasil se conectando com a proposta, inclusive pessoas que já não trabalham mais no jornalismo, mas que fizeram bons amigos no O Estado. Portanto, se há algo unânime no grupo, é a vontade do reencontro mesmo.  
Estamos nos reunindo a cada 15 dias, para organizar a festa. Já foram feio 4 encontros, todos com pessoas diversas e maravilhosas participando.

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