terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Rebelião no Egito mostra o poder da internet

“A liberdade é uma bênção pela qual vale a pena lutar.” A primeira mensagem que Wael Ghonim publicou no Twitter, após dez dias detido, voltou a ser de incitamento à sublevação. O executivo da Google, um dos principais promotores da revolta no Egipto a partir da Internet, estava preso desde 27 de Janeiro. Foi libertado ontem.

 A mesma rede de microblogging foi uma caixa de ressonância do descontentamento da juventude egípcia com o regime de Hosni Mubarak, depois da preocupação com o desaparecimento de Ghonim e nas últimas horas da alegria – e do alívio – causada pela sua libertação. No Facebook, a resposta dos internautas foi ainda mais significativa.

O reconhecimento público de Wael Ghonim deu os primeiros passos com a criação no Facebook da página We are all Khaled Said, actualmente com mais de 50 mil seguidores, mas a saída de cena deu-lhe projecção internacional. O responsável pelo departamento de marketing da Google para o Médio Oriente e Norte de África, que trabalha no Dubai, viajou para o Cairo a 23 de Janeiro, dois dias antes da revolta, que potenciou com a utilização das redes sociais, e foi preso a 27.

O jovem de 28 anos que dá nome à página criada por Ghonim no Facebook, Khaled Said, foi vítima mortal da violência policial, perpetrada por dois agentes em Alexandria. A indignação fez avançar com o que viria a ser um espaço de concentração do desagrado entre os internautas egípcios, por estes e por outros casos, que acabou por extravasar as fronteiras da Internet e culminou com a revolta nas ruas de várias cidades.
Saiba mais. Beba na fonte.

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