quarta-feira, 17 de março de 2010

Relatos de um pedido de socorro que não chega

O jornalista Marcelo Fernandes faz um relato, minuto a minuto, de um assalto e seu pedido de socorro à Polícia Militar que só apareceu depois que os ladrões "pelaram" uma casa e sairam calmamente como se fossem visitas. No relato Marcelo mostra a inoperância e ineficiência da Polícia Militar em Santa Catarina.

O "call center" do Copom

Definitivamente, não foi nada estimulante o atendimento do Copom (Central de Operações da Polícia Militar), agora pouco. O vigia do Condomínio Maria do Mar me pediu para que chamasse a PM, já que seu celular estava sem créditos. Um sujeito suspeito estava circulando dentro do condomínio, numa atitude “pré-assalto” digamos. Me pediu urgência, estava bem nervoso o funcionário. Então fui rápido e liguei no 190. O atendente não me pareceu um militar. Tive a nítida impressão que falava com um desses call center's ineficientes de operadoras de telefonia.
Treinado para dizer aquelas palavrinhas corretas, mostrou uma calma irritante diante da minha pressa. Perguntou quase tudo, calmamente, e insistiu por uma descrição do suspeito, que eu não tinha, evidentemente. Lhe disse várias vezes da urgência, mas o atendente não se sensibilizou e permaneceu com um ar de quem estava num monastério budista, embriagado de serotonina. Sua frase final foi essa: “...Eu gerei a sua ocorrência e tão logo for possível vamos fazer o atendimento.”
Bem, isso já faz uns bons 20 minutos. Deu tempo até de vir aqui escrever tudo isso no Blog. Pela janela vejo o vigia andando pra lá e pra cá, o suspeito lá dentro e nem sinal de uma viatura policial. A propósito, perto daqui, há uns 500 metros, tem um posto policial. Mas a gente não tem acesso ao telefone direto deles. Na verdade, não sei se há alguém por lá neste momento.
Dou notícias sobre esta ocorrência... Vamos ver o que dá.

Isso foi só o começo. Veja todo o relato aqui. Beba na fonte.

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