terça-feira, 24 de novembro de 2009

Querem fechar o jornal do "Bicudo"


A jornal gaúcho – de Elmar Bones, ex-Coojornal, um dos jornalistas mais admirados do País – deve fechar as portas. Não tem condições de pagar uma indenização à família do ex-governador Germano Rigotto – cujo irmão, Lindomar, falecido, foi apontado como um dos principais operadores de um esquema de corrupção na área de energia, no governo de Pedro Simon. Há 8 anos os Rigotto tentam fechar o jornal. (Do Claudio Humberto)

Edição Extra do Jornal JÁ traz dossiê sobre corrupção

A corrupção no Rio Grande do Sul é o tema de capa da edição de novembro do Jornal JÁ que está circulando desde o final de semana. A reportagem traz um resumo dos casos recentes e um histórico das CPIs no legislativo estadual – desde 1947, já foram 139 comissões parlamentares de inquérito, média de duas por ano em seis décadas. Segundo o jornal, estão em andamento no judiciário gaúcho mais de 200 Ações Civis Públicas ajuizadas pela Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, do Ministério Público Estadual.

A maior dessas ações, envolve a fraude em dois contratos para a construção de onze subestações de energia da CEEE, ocorrida em 1987, durante o governo Simon, e que em valores corrigidos chega a R$ 800 milhões, quase 20 vezes o prejuízo causado ao Detran/RS, conforme apuração da “Operação Rodin”, que incriminou 39 pessoas.

A fraude na CEEE, que resultou numa Ação Civil Pública ajuizada pelo MPE em fevereiro de 1996, é também um dos mais antigos processos envolvendo lesão ao patrimônio público em andamento no judiciário gaúcho.

O processo já tem 110 volumes e corre em segredo de justiça, ainda em primeira instância. “Caiu o mito do Estado menos corrupto”, diz uma das manchetes desta edição.

A empresa JÁ Editores, que publica o jornal, foi condenada a indenizar a viúva Julieta Rigotto, mãe do ex-governador Germano Rigotto e do empresário Lindomar Vargas Rigotto, por causa de reportagem publicada em 2001 sobre a morte do empresário, que foi assessor da Diretoria Financeira da CEEE e um dos principais implicados na CPI.

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